quarta-feira, julho 25, 2007

Rosario Tijeras



O 2º Festival de Cinema Latino-americano começou muito bem para aqueles que gostam de um bom policial. Na sempre agradável Cinemateca Brasileira, o público paulistano teve a oportunidade de rever (já havia sido exibido na penúltima mostra de cinema de São Paulo) um grande filme do mexicano Emillio Maillé, o longa Rosario Tijeras.
Baseado em título homônimo (vencedor do Prêmio Dashiell Hammett de melhor romance policial de 2000) do colombiano Jorge Franco, o filme conta a história da personagem que lhe dá o nome. Linda, prostituta, de forte personalidade, religiosa fervorosa e matadora de aluguel.



Tijeras (tesouras em português) foi uma "homenagem" à moça que, quando menina, se vingou com as tesouras de costura de sua mãe do cara que a estuprou. Cresceu e tornou-se uma das mais temidas e desejadas sicárias da Medellín da cocaína e de Pablo Escobar. Uma mulher de vida sofrida, de luta, que não se entrega e não se intimida. Rosario mata e ama com a mesma intensidade. A ponto de sempre beijar suas vítimas antes de matá-las à queima roupa.
Estamos em 1989, auge do poder dos cartéis, e a cocaína rola solta na cidade levando aos mesmos ambientes personagens das mais variadas classes sociais. Numa destas festas do tráfico, Rosário envolve-se com Emilio e Antonio, amigos de infância e de classe mais abastada. Os dois ficam fascinados por Rosário e - cada um a seu modo - vão tentando desvendar seus segredos, seus dramas e seus mistérios.
Pode parecer que a trama serviria a qualquer outra grande cidade latino-americana. Mas, como bem ressaltou o diretor do filme, talvez nenhuma delas se configurasse em cenário tão perfeito como a bela e caótica Medellín. Nenhuma outra seria a casa de Rosario Tijeras.
O filme provavelmente nem entre em circuito nacional, mas o livro já está aí. Grande pedida.

Abraços criminais,

sábado, julho 21, 2007

Boletim de ocorrências - especial FLIP/julho2007

Crime e castigo, realidade e violência na V FLIP
Bia Nunes de Sousa / julho 2007
Especial para LivrariadoCrime

Entre os dias 4 e 8 de julho realizou-se a V Festa Literária Internacional de Paraty, com a presença de mais de 70 escritores e 20 mil visitantes. Para a LivrariadoCrime, o ponto alto da festa foi o debate entre os escritores Dennis Lehane e Guillermo Arriaga. O americano Lehane é autor, entre outros, dos excelentes Um drink antes da guerra, Apelo às trevas e Paciente 67. Seus livros também já foram adaptados para o cinema por gente como Clint Eastwood, com Sobre meninos e lobos, e Ben Affleck, com Gone baby, gone. Já o mexicano Arriaga tem dois livros publicados no Brasil – Búfalo da noite e Um doce aroma de morte – e é autor dos roteiros para os filmes Amores brutos, 21 gramas e Babel. Este último rendeu-lhe uma indicação para o Oscar e marcou o fim da parceria com o diretor Alejandro González Iñarritu, fato que Arriaga preferiu não comentar.

Clique aqui e fique por dentro do bate-papo dos autores Dennis Lehane e Guillermo Arriaga presentes na V Flip. Aproveite e participe do sorteio de dois livros autografados por eles.

quarta-feira, julho 18, 2007

Crime da Semana - 17julho2007



Saga Imigrante
Do fim da era dos samurais à violência da São Paulo atual, da repulsa inicial ao estilo de vida do Ocidente aos casamentos miscigenados, Saga é um romance histórico sobre a imigração japonesa no Brasil. Por meio dos dramas e conflitos de quatro gerações de uma família, a trama mescla suspense com uma sensível reflexão sobre as diferenças étnicas e os limites entre tradição e preconceito, além de constituir uma bela introdução à admirável cultura do país do Sol Nascente. saiba mais...

“As histórias dos livros de Ryoki Inoue são de tirar o fôlego. Como os eventos ocorrem em minutos e dias, Ryoki faz os batimentos cardíacos dos leitores aumentarem. É difícil interromper a leitura por causa da narração que acontece como num filme, como no bom cinema americano com todos os ingredientes repletos de sexo, corrupção, violência, política, espionagem e um final surpreendente. Ryoki é o Pelé da literatura.” Alexandre Garcia, no prefácio do milésimo livro escrito por Ryoki Inoue

quinta-feira, julho 12, 2007

Crime da Semana - 11julho2007



O Último Homem em Berlim é uma história excitante sobre sexo, perversão e assassinatos em uma cidade tomada por medo e frenesi em pleno despertar do movimento nazista. Em um lugar onde cabarés lúgubres dominam a noite e maníacos circulam incólumes, somente um homem é capaz de capturar um assassino pervertido. E mesmo ele fica chocado ao descobrir até onde pode chegar a influência da maldade e da política naquela obscura Berlim.Em O Último Homem em Berlim, Gaylord Dold evoca o espetáculo macabro que foi a Berlim de Hitler, Goebbels e Goering. Por meio da riqueza de detalhes meticulosos e de uma habilidosa narrativa, Gaylord criou uma obra que é, ao mesmo tempo, eloqüente e arrepiante até a última página. saiba mais...

"A prosa lírica e estilizada de Dold é de uma qualidade raramente encontrada em qualquer gênero." Publishers Weekly

"Gaylord Dold é um daqueles escritores incansáveis que ajudam a impedir que o gênero se desgaste." New York Times Book Review