terça-feira, novembro 07, 2006

No rastro de Chet Baker



Bill Moody é um escritor nada convencional. Sua verdadeira profissão é músico. Então, nada mais natural que seu detetive, Evan Horne, também o seja. Mas as semelhanças parecem terminar por aí: Moody é baterista e Horne, pianista. Um pianista-detetive. Conhece muito de música (acho que as semelhanças ainda não terminaram), particularmente de Jazz, e utiliza seu conhecimento para desvendar crimes seguindo as pistas jazzísticas deixadas pelos meliantes.

Os livros de Moody são recheados de referências às obras e aos artistas do Jazz. Uma verdadeira aula - para entendidos e iniciantes. Impossível terminar de ler e não ir atrás das dicas dos personagens. No final dos livros há inclusive uma discografia selecionada pelo autor (ou será pelo detetive?)

"No rastro de Chet Baker" é o segundo livro com o detetive editado no Brasil. Evan Horne acaba de desvendar um caso de um serial-killer (estória contada no primeiro livro da série, "Viva Bird!") e está atrás de um pouco de sossego.

Até seu amigo Ace Buffington lhe propor uma "parceria" para descobrir as verdadeiras circunstâncias da morte do trompetista Chet Baker: acidente, suicídio ou assassinato? Horne não aceita o convite, mas depois que o amigo some, acaba obrigado a seguir o rastro de Chet Baker. O cenário da investigação é Amsterdã, em meio a uma disputada turnê de shows e os becos da Cidade Velha. As armas do detetive são suas amizades no mundo da música, o grande carisma e inteligência acima da média.

Boa pedida!

Notas do livreiro:

1. Fletcher Paige, grande saxofonista, amigo e parceiro na turnê musical de Evan é um grande colecionador de livros de mistério. Seus autores preferidos são: Raymond Chandler, Ross MacDonald, Walter Mosley, Elmore Leonard e um carinha novo, Gary Philips (ainda não editado no Brasil)

2. Evan, em uma de suas manhãs em Amsterdã, visita a Livraria do Crime de lá, a livraria "Alibi" e compra de presente para o amigo Fletcher um livro de Charles Willeford e seu detetive Hoke Moseley (estes também ainda não desembarcaram por aqui).

3. Em uma passagem do livro, seu amigo Coop, investigador do FBI, é interrompido com um telefonema enquanto está assistindo ao filme "Operação França", grande produção inspirada no título homônimo de Robin Moore.


Abraços Criminais,

3 comentários:

Anônimo disse...

Obrigada pela dica! Adoro Jazz e já encomendei o meu exemplar! Não vejo a hora de começar a ler! :-)

JokerMan disse...

Espero que goste. Depois comente. Abraços.

Giallo disse...
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