domingo, janeiro 27, 2008

Lançamentos Companhia das Letras

O boletim de Janeiro da editora traz algumas novidades para a literatura policial:

Caso perdido, de Carl Hiassen

Jack Tagger, ex-peso pesado do jornalismo investigativo, por conta de desaforos dirigidos ao magnata que controla o jornal se vê rebaixado à seção de obituários. Mas eis que um morto semi-ilustre cai em suas mãos: Jimmy Stoma, líder de uma banda hardcore dos anos 80, que se afogou nas Bahamas em circunstâncias um tanto misteriosas.
Tagger, fã de carteirinha da velha banda, não se contenta em digitar um simples necrológio e resolve ir fundo no caso Stoma, onde fareja crime em estado puro e a possibilidade de reerguer sua combalida carreira jornalística.
O caminho para chegar aos fatos é cheio de ciladas, e várias vezes Tagger tem de usar os punhos para se safar das mais inesperadas agressões. E não só os punhos: um lagarto morto e congelado, por exemplo, mostrará sua eficácia como arma no combate a seus violentos oponentes. Outro empecilho nas investigações de Jack Tagger é sua bela e jovem editora, que não larga do seu pé e, eventualmente, também do seu coração. Está montada a equação para mais uma deliciosa e empolgante aventura tipicamente hiaaseniana.

Morte e julgamento, de Donna Leon

O comissário Guido Brunetti, da polícia de Veneza, tem estado um pouco estranho ultimamente, enojado com a infiltração generalizada de criminosos na sociedade italiana; mesmo assim segue investigando seus casos e tentando criar os filhos da melhor forma possível.
A vítima da vez é Carlo Trevisan, eminente advogado local, com clientes entre os ricos e poderosos. O que a investigação revela, entretanto, é uma rede de corrupção complexa e perigosa, cujas raízes se estendem para além do que o comissário havia imaginado. Como os canais de Veneza, cenário da trama, que escondem uma teia de conexões ocultas e freqüentemente malcheirosas, as relações entre os mortos - plural, porque rapidamente aparecem mais cadáveres - apontam para um imbróglio de violência, crimes e crueldade muito mais amplo e aterrador do que o assassinato inicial podia indicar.
Se, mesmo embotado pelos escândalos do governo, Brunetti se mantinha um policial dedicado, quando o horror que investiga atinge sua própria família, ele toma como questão pessoal esclarecer o crime.

No inferno, de George Pelecanos
Previsão de lançamento: 29 de janeiro

O detetive Derek Strange e seu parceiro Terry Quinn percorrem novamente os labirintos da periferia de Washington atrás de uma garota aliciada para a prostituição e dos assassinos de um menino do time de futebol americano organizado por Strange.

A grande arte, de Rubem Fonseca (edição de bolso)

Apenas a letra P, traçada a ponta de faca no rosto de uma prostituta assassinada. "Não haveria impressões digitais, testemunhas, quaisquer indícios que o identificassem. Apenas sua caligrafia."Para decifrar essa escrita perversa, o advogado Mandrake - um dos grandes personagens da nossa literatura contemporânea - lança-se em uma frenética aventura pelo lado sombrio da metrópole, enquanto, de mão em mão, as facas cumprem sua faina silenciosa e mortal.
A grande arte, publicado originalmente no final de 1983, permaneceu durante meses na lista dos livros mais vendidos do Brasil. A crítica, que já tinha os contos de Rubem Fonseca em alta consideração, acolheu o romance com entusiasmo, tanto no Brasil como no exterior.
A grande arte virou filme de Walter Salles em 1991, com roteiro baseado no romance de Rubem Fonseca.

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